Muitos advogados tratam a avaliação de bens como uma formalidade, quando, na verdade, ela é a base para a divisão justa do patrimônio. Ignorar a relevância desse passo pode gerar desconfiança entre os herdeiros e abrir espaço para disputas judiciais prolongadas.
A falta de uma avaliação criteriosa não apenas compromete o equilíbrio na partilha, mas também pode acarretar penalidades fiscais ou até mesmo questionamentos legais sobre a validade do inventário.
Advogados precisam tratar a avaliação como um processo estratégico, buscando apoio de peritos qualificados e garantindo que todos os bens sejam listados e avaliados com precisão.
Bens como direitos autorais, ações ou mesmo propriedades de difícil acesso muitas vezes passam despercebidos na avaliação. Essa omissão pode levar a uma partilha incompleta ou a um desequilíbrio patrimonial.
Os bens não declarados, como contas bancárias no exterior ou investimentos em criptoativos, representam outro ponto crítico. Ignorá-los é não apenas um erro estratégico, mas também ético e legal.
Para evitar este problema, é essencial realizar uma investigação detalhada e utilizar ferramentas tecnológicas que ajudem a rastrear e documentar todos os bens do espólio.
Embora os herdeiros sejam uma fonte essencial de informações, confiar cegamente em suas declarações pode levar a omissões e imprecisões graves. Muitos detalhes podem ser esquecidos ou deliberadamente ocultados, seja por desconhecimento ou má-fé.
A ausência de uma auditoria independente ou a falta de documentação pode transformar o inventário em um campo de batalhas judiciais, gerando atrasos e custos adicionais.
Para mitigar esse risco, o advogado deve cruzar informações fornecidas pelos herdeiros com registros oficiais e avaliações de terceiros, garantindo uma visão completa e transparente do patrimônio.
Muitos advogados cometem o erro de usar valores desatualizados para calcular o patrimônio, seja por conveniência ou falta de conhecimento técnico. Isso pode resultar em uma partilha injusta ou mesmo em problemas tributários.
A valorização ou desvalorização de bens como imóveis, veículos e ativos financeiros deve ser considerada cuidadosamente, com o apoio de especialistas no mercado.
Ao utilizar valores de mercado precisos, o advogado protege os interesses de todos os envolvidos e evita conflitos que poderiam ser facilmente prevenidos com uma avaliação responsável.
Um dos erros mais perigosos é subestimar as implicações tributárias da avaliação de bens. A escolha de valores inadequados pode resultar em multas ou na necessidade de pagar tributos excessivos.
Cada tipo de bem possui regras específicas para tributação, e o desconhecimento dessas normas pode levar a prejuízos financeiros para os herdeiros e até mesmo responsabilização para o advogado.
Para evitar esse cenário, é indispensável trabalhar em conjunto com especialistas fiscais, analisando o impacto tributário de cada decisão e planejando estrategicamente para otimizar os resultados.