Muitos advogados iniciam casos de improbidade administrativa acreditando que sua experiência em outras áreas será suficiente. Isso é um erro perigoso, pois esse tipo de ação exige um conhecimento profundo e específico sobre legislações, jurisprudências e procedimentos que podem variar conforme a instância e a região.
A falta de preparação técnica frequentemente leva a defesas inconsistentes, que não conseguem desconstituir as alegações de forma eficaz. Isso coloca o cliente em uma posição vulnerável, muitas vezes agravando a situação.
Para evitar esse erro, é essencial investir em formação contínua e compreender o contexto da Lei nº 8.429/1992 e suas recentes alterações. Além disso, contar com especialistas ou equipes multidisciplinares pode ser a chave para conduzir a estratégia correta.
Casos de improbidade administrativa frequentemente giram em torno de provas. Muitos advogados negligenciam a coleta e análise detalhada de documentos, o que pode ser fatal para a defesa.
Ao deixar de exigir auditorias, pareceres técnicos ou mesmo de contestar a validade de documentos apresentados pela acusação, a defesa perde força. Isso acontece porque decisões judiciais são amplamente baseadas em elementos concretos que sustentem os argumentos de ambas as partes.
A dica aqui é simples: trate as provas documentais como o coração do caso. Trabalhe meticulosamente para identificar lacunas na narrativa adversária e fortaleça a sua com evidências robustas e bem fundamentadas.
Advogados que tratam casos de improbidade como meros litígios legais podem perder de vista o impacto político e social envolvido. A reputação do cliente e as percepções públicas frequentemente desempenham papéis cruciais no desfecho do caso.
Ignorar a comunicação adequada ou a gestão de crises pode resultar em danos irreparáveis à imagem do cliente, mesmo em situações onde há possibilidade de absolvição judicial.
Integrar estratégias de defesa jurídica com ações de gestão de imagem e comunicação é essencial. Não subestime a importância de um plano de mídia ou de profissionais que possam orientar o cliente na interação com o público e a imprensa.
Em casos de improbidade administrativa, a ansiedade e o estresse do cliente são altos. Muitos advogados não investem tempo suficiente para alinhar expectativas e esclarecer os riscos e etapas do processo.
Esse desalinhamento pode gerar frustração, desgaste na relação advogado-cliente e até comprometer a condução da defesa. O cliente mal orientado pode tomar decisões precipitadas que atrapalham a estratégia jurídica.
Para evitar esse erro, mantenha a comunicação aberta e regular. Explique, com clareza, cada fase do processo e as possíveis consequências. A confiança é construída com transparência e proatividade.
Muitos advogados se concentram exclusivamente em levar o caso ao judiciário, sem explorar as possibilidades de negociação ou mediação. Em muitos casos, acordos podem ser a melhor solução, poupando tempo, recursos e preservando a reputação do cliente.
Essa postura inflexível pode ser prejudicial, principalmente em contextos onde o judiciário tende a ter um posicionamento desfavorável para casos de improbidade administrativa.
A negociação bem conduzida pode ser uma ferramenta poderosa. Identifique as oportunidades, conheça bem as partes envolvidas e utilize a mediação como uma alternativa estratégica para alcançar resultados favoráveis ao cliente.