Muitas pessoas pensam que o registro de imóveis é apenas uma formalidade, mas ele vai muito além disso. Trata-se de um dos passos mais cruciais na aquisição de qualquer propriedade, pois é o registro que confere legitimidade e segurança jurídica ao comprador. Sem ele, o comprador corre o risco de enfrentar disputas judiciais, e até perder o imóvel para terceiros.
O registro é o documento que efetivamente transfere a propriedade do bem para o seu nome e impede que fraudes ou má-fé de terceiros comprometam seu investimento. Apenas com o registro feito em cartório é que o imóvel passa a ser seu, de forma segura e incontestável. Ignorar essa etapa é deixar brechas para dores de cabeça futuras.
Assim, não caia na ideia de que basta assinar o contrato de compra e venda. Sem o registro, a transação não está completa e o risco de problemas legais persiste. Esse é um segredo que muitos advogados conhecem, mas nem todos enfatizam ao cliente. Garanta a sua tranquilidade e segurança patrimonial completando o processo com o registro.
Outro erro comum é confundir escritura com registro, e essa confusão pode custar caro. A escritura pública de compra e venda é o documento que formaliza a intenção de transferência de propriedade entre o comprador e o vendedor. Ela é, sem dúvidas, uma etapa essencial, mas não finaliza o processo de aquisição.
Somente o registro da escritura no Cartório de Registro de Imóveis é que transfere oficialmente a propriedade para o comprador. Ou seja, ter a escritura sem o registro é como ter um papel sem valor legal definitivo. Muitos advogados omitem a necessidade do registro ou não enfatizam essa diferença, deixando o cliente acreditar que a escritura é suficiente para garantir a posse.
Esse equívoco pode abrir espaço para fraudes, penhoras e disputas futuras sobre a posse do imóvel. Certifique-se de que, após a escritura, você finalize o processo com o registro para evitar surpresas desagradáveis e custos adicionais.
Antes de adquirir qualquer imóvel, é fundamental que o comprador solicite certidões negativas do imóvel e do vendedor. Essas certidões comprovam a ausência de débitos fiscais, judiciais ou trabalhistas, que podem acabar sendo transferidos para o novo proprietário caso não sejam verificados.
Muitos advogados aconselham essa etapa, mas não explicam em detalhes a sua importância. Sem as certidões, você corre o risco de herdar dívidas e problemas judiciais que podem transformar um investimento seguro em uma enorme dor de cabeça.
Além disso, alguns imóveis podem estar atrelados a processos de inventário, penhoras ou outras restrições que comprometem a compra. Por isso, peça certidões de distribuição de ações cíveis, fiscais e trabalhistas. Esse cuidado extra garante que você esteja comprando um imóvel totalmente livre de pendências.
Os vícios redibitórios são problemas ocultos que podem existir no imóvel e que só são descobertos após a compra, como infiltrações, problemas estruturais e até irregularidades documentais. Muitas vezes, esses problemas só aparecem depois de meses, quando o comprador já investiu em reformas ou outros gastos.
Poucos advogados mencionam que, ao adquirir um imóvel, o comprador tem o direito de pedir indenização caso vícios redibitórios sejam identificados, desde que dentro de um prazo legal. Isso pode incluir a restituição do valor gasto ou até mesmo a anulação do contrato de compra e venda, caso o defeito comprometa a utilidade do imóvel.
Para evitar essas surpresas, é recomendável contratar uma inspeção profissional antes de finalizar a compra. Esse pequeno investimento pode revelar problemas antes que você se comprometa financeiramente, evitando prejuízos que seriam difíceis de resolver após o fechamento do contrato.
Um dos segredos menos falados é o prazo de prescrição para ações de reivindicação de propriedade. Se você descobrir algum problema grave com o imóvel após a compra, como fraude ou documentação incorreta, há um tempo limitado para reivindicar seus direitos legalmente.
A prescrição para reivindicações varia dependendo da situação, mas pode ser de apenas alguns anos. Se o comprador não agir nesse prazo, perderá o direito de reclamar judicialmente, mesmo que tenha sido prejudicado pela transação.
Para proteger seu investimento, é importante conhecer esses prazos e agir rapidamente caso identifique algum problema. Muitos advogados não enfatizam esses limites temporais, o que deixa o cliente desprotegido. Esteja sempre atento e, se houver qualquer dúvida, busque orientação o mais rápido possível.