Uma das maiores discussões judiciais sobre o ITBI é determinar quando exatamente ele deve ser cobrado. Muitos municípios alegam que a incidência ocorre na assinatura do contrato de compra e venda, enquanto contribuintes argumentam que só na efetiva transferência no registro de imóveis há base legal para a cobrança.
Decisões recentes têm oscilado entre proteger o direito do contribuinte e atender às demandas fiscais do município, tornando esse tema um campo fértil para recursos e debates judiciais.
Advogados precisam estar atentos às nuances dessa discussão, pois uma argumentação bem embasada pode evitar autuações indevidas e gerar precedentes favoráveis.
A controvérsia sobre qual valor deve servir de base para o cálculo do ITBI tem gerado uma enxurrada de ações judiciais. Contribuintes costumam declarar valores menores para reduzir o imposto, mas municípios frequentemente insistem em usar o valor de mercado, apontando disparidades como indício de fraude.
Recentemente, tribunais superiores têm reforçado a necessidade de comprovação objetiva para a imposição do valor de mercado, mas a prática segue repleta de divergências.
Conhecer a jurisprudência local e os critérios de avaliação adotados pode ser a diferença entre uma autuação milionária e a manutenção de direitos tributários do cliente.
Um ponto polêmico é a isenção do ITBI nas operações de transferência de bens para integralização de capital em empresas. Apesar de prevista constitucionalmente, municípios frequentemente restringem sua aplicação, criando situações de insegurança jurídica.
O argumento municipal geralmente baseia-se na tentativa de evitar simulações fiscais, mas a falta de clareza sobre os limites da isenção tem levado casos ao Supremo Tribunal Federal.
Advogados especializados devem se aprofundar nesse tema para garantir que clientes aproveitem os benefícios fiscais dentro da legalidade.
A cobrança de ITBI em contratos de promessa de compra e venda é um tema que frequentemente chega aos tribunais. Muitos municípios buscam antecipar a arrecadação, enquanto a jurisprudência costuma proteger o contribuinte até a transferência efetiva.
Esse tipo de cobrança indevida pode ser revertido com um bom planejamento jurídico, economizando valores expressivos para os clientes.
Estar por dentro das decisões mais recentes sobre o tema é essencial para oferecer um serviço diferenciado e estratégico.
Alienações fiduciárias têm gerado conflitos sobre a aplicação do ITBI. Enquanto contribuintes alegam que a transferência da propriedade é apenas condicional, municípios insistem na cobrança imediata.
O STJ já se manifestou em favor da não incidência do imposto, mas a resistência dos municípios continua a gerar disputas.
Dominar os precedentes judiciais e construir argumentos sólidos pode garantir a defesa bem-sucedida dos interesses dos clientes.
Muitos contribuintes enfrentam autuações com multas abusivas relacionadas ao ITBI, suscitando questionamentos sobre a violação do princípio da proporcionalidade.
Tribunais têm reconhecido, em diversas situações, a possibilidade de redução das penalidades, especialmente quando há indícios de boa-fé do contribuinte.
Para advogados, explorar essa linha de defesa pode ser uma estratégia eficaz para mitigar prejuízos financeiros.
A aplicação do ITBI em transmissões não onerosas, como doações ou permutas, ainda é alvo de intensos debates jurídicos. Muitas prefeituras interpretam de forma ampliada os dispositivos legais para justificar a cobrança.
Casos emblemáticos têm chegado aos tribunais superiores, o que reforça a necessidade de advogados dominarem as nuances dessas discussões.
Antecipar-se a essas disputas com contratos bem estruturados pode ser a melhor forma de evitar litígios prolongados.
A imunidade tributária prevista para operações societárias, como fusões e incorporações, é frequentemente contestada por municípios que buscam maximizar a arrecadação.
Esse tema é de alta complexidade, pois exige análise detalhada da composição acionária e da finalidade econômica das operações.
Advogados que atuam com direito societário precisam estar atentos à jurisprudência atualizada para proteger as empresas de cobranças indevidas.
Com o crescimento do mercado de multipropriedade, surgem dúvidas sobre a aplicação do ITBI. Municípios têm buscado cobrar o imposto de forma cumulativa, alegando múltiplas transmissões.
Tribunais têm reconhecido a necessidade de regulamentação específica, mas a ausência de uniformidade nas decisões prejudica contribuintes e advogados.
Defender clientes nesse cenário requer conhecimento detalhado tanto da legislação local quanto da jurisprudência.
Muitos advogados ainda encontram dificuldades para lidar com os prazos prescricionais e decadenciais relacionados ao ITBI, especialmente em casos de cobrança retroativa.
A falta de clareza sobre os marcos iniciais desses prazos abre margem para disputas judiciais prolongadas.
Um domínio técnico desses conceitos pode evitar a perda de direitos e fortalecer defesas em processos tributários.